sábado, 20 de janeiro de 2018

Que planeta é esse que estou agora ?

Que  planeta é esse  que  estou vivendo nos  dias  de  hoje ?  O que me  deixa , literalmente aterrorizado , é a  resposta clara , curta e grossa , transformando conceitos , vendo a decadência ocupando  espaços e  determinando mudanças de comportamentos e valores .
Será que eu sou o soldado que está marchando errado dentro do pelotão social ? 
Nesta semana , me enviaram uma " música " ( Não consigo classificar isso que me foi enviado como música . )  . Para eu escutar e apreciar uma música , três elementos são fundamentais : harmonia , melodia e ritmo .
O que está sendo classificado como arte musical , por jornalistas e grandes empresas promotoras de eventos , não dá pra engolir . Serei chamado de arcaico , e estou pouco me importando com isso .
Isso me  fez relembrar um episódio que presenciei no  período que trabalhei no SESI . A importância da educação que vem de casa  , inclui-se também dentro  desse  contexto : educação musical .
Se não houver educação musical dentro de casa , essa  educação  será construída pela  mídia , e junto com esse processo irão  se  construir  todas  essas  maravilhas  que  estamos vendo e escutando por  ai .
Era comum , no período  que  trabalhei no SESI , ver  crianças cantando funk e reproduzindo ritmos com a boca . Não  preciso nem citar aqui as letras que elas  estavam reproduzindo . As meninas , quero  dizer  crianças , começaram a reproduzir a dança  também . E isso  passou a ficar sem graça , pra não utilizar outra  expressão , levando as professoras a promoverem uma reunião com os  pais das  crianças . 
Durante a reunião , eu estava próximo e pude constatar o incrível resultado da inversão de  valores . Para os pais das crianças , quem estava errado  dentro  desse tema  , não eram as  crianças  e  sim as professoras . Eu vi e escutei isso  naquele  dia  .
Então essas  crianças que estão recebendo essa  educação musical , serão os compositores que  teremos  pela  frente . 
Isso  explica a tal " música " que me enviaram nesta  semana . Não  consigo  reproduzir nada aqui sobre essa coisa barulhenta e principalmente nojenta . Agora vem o mais  espantoso e na minha  opinião , mais  nojento ainda : o numero de reproduções passa  da  casa  dos  milhões , o autor disso , que conforme mencionei  não consigo classificar , virou noticia em sites  de jornais pelo país .
Qual a  razão da porcaria  fazer sucesso e  boas  produções musicais não  terem espaço  dentro  da mídia ?  Não me  digam que é  apenas  culpa e responsabilidade  da MÍDIA . Não é não . A sociedade aceita e  consome  essas  coisas , determinando esses  novos  valores  de  comportamento .
Estive  nesta  semana , escutando  outros  arquivos  ( Não  consigo classificar isso  como  música .  ) , para  realmente  ter  certeza , que não  estou  sendo  injusto  com a  minha  avaliação sobre esse  segmento .
Nesta  semana  , também , parou um carro ao lado  do meu na sinaleira , e o motorista estava  ouvindo a tal maravilha .
Que planeta é esse  que estou agora ?  
Passei por uma rádio agora , onde a música dizia que a bunda de alguém tinha  um Wi-Fi  e que seria bom dar pro papai .  No programa da  Fátima Bernardes , que fiz  questão de  olhar  hoje ,  uma  funkeira , mostrando outro arquivo que já é sucesso  nacional . No Bora Rebolar , homens e mulheres dançando  ritmos e  rebolados até o chão . Tudo isso  com  comentários fantásticos  e  apoteóticos  dos  apresentadores . Diversão barata e mediocre a qualquer custo e decadência generalizada . 
E a mídia  pegando fogo , chamando o país  inteiro  para apreciar  o  novo  Big Brother  2018 .
Minha  sensação  é de  verdadeira  decadência com o mundo que me cerca . Me  pergunto novamente : será que eu sou o soldado que está marchando errado  dentro do pelotão ? 
Que planeta é esse  que estou agora ? 
Não quero fazer apologia  alguma ao passado , mas o planeta não era assim . Não era assim dessa  forma violenta e decadente que estamos vivendo nos  dias  de  hoje . 
E isso não é um privilégio do Brasil : o mundo está assim .  






            


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